domingo, 24 de junho de 2012

Dois entre três idosos agredidos no DF são vítimas dos filhos, diz estudo.

Trabalho da Central Judicial do Idoso considerou dados de 2008 a 2011.
Muitas vezes a violência não é percebida, segundo defensora pública.
Dois entre cada três idosos vítimas de violência no Distrito Federal são agredidos pelos próprios filhos, segundo uma pesquisa da Central Judicial do Idoso. O órgão, ligado ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e à Defensoria Pública, realizou o estudo com base em 2.379 casos coletados entre janeiro de 2008 e dezembro de 2011. Nesta sexta-feira (15) é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.
Presidente do Conselho do Idoso do DF e coordenadora do Núcleo de Defesa do Idoso da Defensoria Pública, Paula Ribeiro afirmou que os dados refletem pesquisas feitas em âmbito nacional. Também disse que os abusos financeiro e psicológico e a negligência são os tipos de violência mais comuns, embora nem sempre o agressor e a vítima tenham consciência do que  representam.
“A violência contra a pessoa idosa está se tornando um lugar tão comum que não se percebe mais isso. O filho parte do seguinte pressuposto: meu pai e minha mãe já são velhos e por conta da idade não têm mais condição de decidir sobre o patrimônio deles. Então eu vou cuidar de tudo, vou me apossar de tudo e vou decidir o que fazer. Isso é uma violência, só que muitas vezes esse filho não entende isso como uma violência. E muitas vezes o próprio idoso não consegue visualizar. Ele entende que está sendo desrespeitado na sua liberdade de decisão, mas não consegue encarar que isso é uma violência”, afirma.
O trabalho também apontou, segundo Paula, que há baixa judicialização ou aplicação de medidas protetivas ao idoso. “O idoso não quer. Não quer, por exemplo, ser afastado do lar, ou que o agressor seja afastado. Ele se preocupa com o outro, não com ele. Ele pensa: e meu filho vai para onde?”, explica. “Ele não quer que o filho seja responsabilizado criminalmente ou não quer isso porque ele pode perder o emprego.”
Promotora da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência, Sandra Julião afirma que o descaso com os idosos é mais complexo do que parece. De acordo com ela, muitos dos casos atendidos pelo Ministério Público têm a ver com familiares com dependência de drogas ou álcool ou com falhas na execução de políticas públicas.
Para Sandra, a solução para a questão envolve o fortalecimento dos laços entre gerações e da autonomia dos idosos. “A pessoa idosa vai delegando seus atos, a sua autonomia, tudo ela vai delegando para o outro. Isso significa que ela abre mão dela mesma. E fica fragilizada”, disse.
“A pessoa vai lá, tira o dinheiro do idoso do banco e entrega só metade e isso é uma violência. Você tem que munir a pessoa de poder, de autonomia, de vontade de viver”, explica a promotora. “Acho que quando a gente fortalecer a pessoa, desde antes de ficar idosa, vai ser uma pessoa idosa ciente dos seus direitos de cidadão. Antes de idosos, somos cidadãos e temos que cobrar nossos direitos como cidadãos.”
Gênero
A pesquisa também apontou que 60% dos casos de violência são cometidos contra a mulher idosa. “É mais marcante contra ela justamente por causa dessa relação de maior fragilidade e dependência. Qual era o contexto dessa mulher idosa de hoje? De que época ela é? Qual era o papel dela na sociedade? Era o papel de cuidadora dos filhos, de cuidar do lar, do marido, muito pouco saía para o mercado de trabalho, vivia em uma relação de dependência do provedor. E essa relação muitas vezes é reproduzida hoje”, explica Paula.
Segundo a defensora pública, esse sentimento leva à baixa notificação dos casos de violência. Em geral, afirma, as mulheres idosas tendem a se sentir culpadas e credenciam a responsabilidade dos abusos às drogas, desemprego ou outras dificuldades. “Ela pensa: sou um peso para o meu filho, não tenho renda e não tenho como me sustentar.”

Acho que quando a gente fortalecer a pessoa, desde antes de ficar idosa, vai ser uma pessoa idosa ciente dos seus direitos de cidadão. Antes de idosos, somos cidadãos e temos que cobrar nossos direitos como cidadãos."
Sandra Julião, promotora da Pessoa Idosa e da Pessoa com Deficiência

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Aumenta o número de denúncias de violência contra idosos.

Aumenta o número de denúncias de violência contra idosos
Defensoria Pública realiza atividades de combate à violência.
Número de denúncias desse tipo de violência aumentou em São Luís.
É cada vez maior o número de denúncias de violência contra os idosos. Na Ilha de São Luís, para contribuir com a redução dos índices de violência contra a pessoa idosa, a Defensoria Pública do Estado, por meio do Centro Integrado de Apoio e Prevenção à Violência Contra o Idoso, está desenvolvendo uma atividade.
Até amanhã, está sendo realizada uma capacitação voltada para 80 policiais que atendem os bairros Vila Brasil e Pedrinhas, em São Luís, São José de Ribamar e Raposa. A atividade faz parte da programação da Campanha Mundial de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa, lançada no dia 15. A presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Idoso e coordenadora do Ciapvi, Isabel Lopizic falou sobre o combate a esse tipo de violência em São Luís.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Americana de 104 anos cuida de filha de 87, que tem demência.

María (à frente) com a mãe, Rosário (ao fundo): rotina de bingos e otimismo

Centenária tem ótima memória, não usa óculos ou aparelho auditivo, e está à frente de todos os cuidados com a filha.
Uma americana de 87 anos que vive na Flórida e precisa de cuidados especiais devido a problemas de memória, tem como responsável a própria mãe, de 104 anos.
A octogenária María García, que se divorciou há décadas e tem filhos com família, vive com a mãe, Rosario Schielzeth, que se ocupa dos cuidados rotineiros com ela, segundo relata nesta terça-feira (19) a imprensa local.
Mãe e filha passam o tempo jogando partidas de bingo e indo ao cinema, sempre juntas, apesar de, conforme relatou um dos filhos de María à emissora ABC News, ambas têm seu "ping-pong espiritual", algo que as mantém em forma e vivas.
O tratamento que a centenária mãe aplica consiste em falar constantemente com sua filha de 87 anos e colocá-la a par das notícias do dia.
"Falo com ela o tempo todo", explicou Rosario, que já é tataravó, à rede de televisão americana, e opinou com lucidez que esse tratamento é "a melhor coisa que há para as pessoas que passam por essa situação".
Segundo um dos filhos de María, Albert García, ela vive uma espécie de "feliz demência", já que aparenta estar quase sempre "otimista e alegre". Já sobre Rosario, que completou 104 anos na semana passada, ele disse que tem a "paciência de uma santa".
A tataravó, no entanto, não sofre nenhum problema de deterioração mental. A memória funciona perfeitamente e ela nem sequer usa óculos ou aparelhos auditivos.
Em entrevista ao jornal "Herald-Tribune", Albert disse acreditar que a "ligação emocional entre ambas deu à sua avó um propósito e uma paixão".
"Minha avó não quer morrer. Não quer deixar minha mãe sozinha. Acho que essa é a razão que a mantém viva e de pé", acrescentou.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

15 de junho: Dia Mundial de Combate à Violência contra o idoso.


Mais um ano se passa, e continuo aqui junto aos nossos idosos que tanto sofrem no Brasil e no Mundo.
Quero agradecer a todos que tem me apoiado nesta causa.
Que esta data seja  um marco para que os maus tratos não continuem, seja pela nossa sociedade,  ou por nossos Governantes Omissos quanto ao tratamento de nossos idosos.
Espero que esta atual situação se reverta e nossos idosos sejam tratados de maneira mais digna.
Não de as costas para esta realidade, denuncie!!
A vida de um idoso pode estar em suas mãos!!
Denuncie!!

Licença Creative Commons
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.